Oaristos (Diálogos íntimos)

E se um dia eu te encontrar novamente, quero poder te dizer tudo aquilo que ficou guardado dentro de mim.

Por mais que eu saiba que você não queira nem olhar em meus olhos, mais prefiro botar tudo para fora. Aprendi que não devemos guardar tudo pra si. E eu quero que você faça o mesmo, me conte tudo o que ficou guardado contigo.

E eu te perdoou por todas as suas palavras ditas, sobre mim, sobre nós, sobre tudo que nos interligou um dia. Perdoou-te, porque um dia você foi mais que um namorado pra mim, não te olhava só como um mero namorado e sim como o meu amigo. Você sempre foi e sempre será algo muito importante para mim.

E quantas vezes eu precisei de ti, e você estava lá do meu lado, falando besteiras pra me fazer rir, estava me ouvindo, me abraçando, me ajudando.

Minha raiva já passou e a raiva sempre passa. Se a sua raiva não for passar agora vai passar um dia, porque a única coisa que fica mesmo guardado em nós são os sentimentos. E o que sentimos fica dentro de nós eternamente.

Eu sei que talvez uma hora ou outra você deva ser pegar lendo o que escrevi um dia pra você – e por mais que eu não tenha certeza que você faça isso mesmo – Talvez você lembre das coisas boas que aconteceram com a gente, assim como eu lembro. E quando menos esperamos a gente lembra e solta um riso frouxo, lembra das conversas, das risadas, das lágrimas, dos sentimentos. E no final, o que importa é isso mesmo.

Eu sei, tiveram momentos ruins, momentos que não são agradáveis de ter lembranças. Mais eu espero, que um dia esse seu coração duro seja lapidado pela simplicidade do que houve um dia entre a gente, que o seu ego baixe, que seu rancor acabe, que sua raiva passe e que seu orgulho te deixe, e que você perceba a leveza das coisas... Os verdadeiros sentimentos.

Para você, Daniel Neves.