As paredes rabiscadas assistiam aquela menina; toda ela era intensidade, sorvia vez ou outra um gole de paixão-rasgada tinto, a fumaça do cigarro desenhava uma tempestade que não existia em lugar nenhum da casa a não ser em seu pranto.
A menina desejou que a chuva pudesse esconder as lágrimas, mas não havia chuva e mesmo que houvesse não conseguiria levantar-se da caixa de som que enchia o quarto já sem móvel algum, já era retrato da ausência.
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