domingo, 10 de julho de 2011

Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.


Eu não tive a oportunidade de escolher entre o certo e o duvidoso. Não tive a oportunidade de escolher entre o perigoso e o fácil. Não tive oportunidade de escolher entre me deixar envolver ou não. Quando percebi, já estava envolvido. Fácil, rápido, simples.
Foram entregues a mim duas alternativas: ir ou ficar. Desistir ou lutar. E o que fazer com essas duas? Pegar uma moeda e jogar para cima. Cara fica com desistir e coroa fica com lutar. Joguei. Caiu. Ficou em pé. Não deitou pra nenhum lado. A escolha tinha que ser minha. O que sempre digo aos outros? Vá lá e lute pelo que você quer. Se você quer, você luta. Se você luta, você consegue. Fácil, não? É, bem que parece… Mas, não, não é.
É fácil concordar com toda essa ideia de conseguirmos tudo o que queremos começando com o primeiro passo de correr atrás daquilo que almejamos, mas e quando há muito sofrimento nesse caminho? Será que vale mesmo a pena? Ok, o fim é perfeito, mas e se desistirmos quase no final por ser doloroso demais? Qual vai ser o sentido de ter começado tudo isso? Quem nos garante que vamos conseguir chegar ao final? Ele é tão distante…
Mesmo assim, este não é meu ponto. Não quero falar do caminho largo e longo. Quero falar do ir ou ficar. Do andar ou se deixar cair logo no primeiro passo, porque foi isso que eu fiz… Não por querer. A ideia de lutar me parece bem bonita e até me dá vontade de segui-la, mas criei anticorpos que não me deixam sofrer. Quando qualquer coisa aparece e me faz ficar cabisbaixo o pouco que seja, meu cérebro libera anticorpos ao meu corpo que faz aquela coisa se esvair completamente; vaza, sai, acaba. E acaba rápido, acaba tudo.
Eu não escolhi desistir de você. Pensei em lutar, juro. Eu queriaTambém não foi por falta de força; eu tenho o suficiente para chegar lá, por mais difícil que seja. Mas meu corpo não deixa. Ele me puxa para trás já no primeiro passo. Não me deixa caminhar. Não me deixa seguir após a primeira lágrima. Ele não sabe se vou sofrer ou não; apenas manda comandos para não deixar-me correr o risco.
Eu correria por você, já falei. Eu correria, mas não posso. Não posso mais. Puxaram-me. Voltei para o começo. Voltei para o ponto de partida. O sentimento continua da mesma forma como estava já lá na metade do caminho, mas voltei. Agora, sabendo que não vou mais poder ir até o fim, vou fazer-me esquecer. Perdoa-me. Não posso ir mais além. Não dá.
Mas, amor, só porque fiquei não significa que eu não tenha sentido. Senti. Senti bastante. Sinto ainda. Infelizmente.





Por: BrucyStebbins

Nenhum comentário:

Postar um comentário